Nós do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais (PVPP/PUCRS), enfatizamos estudos sobre a psicologia do preconceito, sobretudo nos modelos da cognição social e do minority stress, e sua relação com processos psicossociais como educação e saúde. Além disso, visamos produzir e avaliar intervenções para a mudança de atitudes como a redução do preconceito e acesso à saúde. Por fim, visamos estudar de que forma a discriminação afeta os processos de saúde e adoecimento, especialmente saúde mental e infecções sexualmente transmissíveis.
Os temas de pesquisa e intervenção são: estudos sobre populações em vulnerabilidade considerando diversos marcadores como gênero, identidade de gênero, orientação sexual, raça/cor/etnia, status migratório, classe social, entre outros; avaliação do preconceito e da discriminação; desenvolvimento de instrumentos; revisões sistemáticas; estudos epistemológicos e históricos; e emprego de técnicas experimentais em psicologia social e saúde, com o uso de vinhetas.
A ciência produz mudanças.
A nossa missão é produzir dados que evidenciem desigualdades políticas, sociais e individuais, para auxiliar na tomada de decisões por parte de políticas públicas e coletivos sociais.
LINHAS DE PESQUISA
- Avaliação de atitudes sociais e seu impacto em processos psicossociais
Esta linha congrega projetos que tem por objetivo desenvolver instrumento e estratégias de avaliação de atitudes nos campos do estigma e do preconceito (incluindo estereótipos) e, também, psicologia política (autoritarismo, dominância social), o ponto de vista de quem manifesta esta atitudes. Além disso, reúne estudos que avaliam o impacto de atitudes sociais (estigma, discriminação, preconceito e assédio) em seus alvos em contextos laborais e educacionais. Os projetos desta linha estão no campo da psicometria, estudos transversais do tipo levantamento em grupos populacionais específicos ou instituições e estudos qualitativos.
- Desenvolvimento e avaliação de intervenções para mudança de atitudes
Os projetos desta linha têm por objetivo a criação de estratégias para modificações de atitudes por parte de quem as manifesta e, também, de mitigação dos efeitos de atitudes negativas em suas vítimas. Os projetos desta linha reúnem estudos de eficácia e efetividade de intervenções online e face-a-face nos campos educacionais e da saúde utilizando, sobretudo, modelos de cognição social e do estresse de minoria.
- Vulnerabilidade e processos de saúde e adoecimento
Os estudos desta linha visam a investigar os processos de saúde/adoecimento de populações vulneraveis, sobretudo população LGBT e mulheres. Os principais desfechos investigados estão no campo da sáude mental e infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, os estudos desta linha visam a compreender como os processos de exclusão social impactam negativamente no acesso à saúde e na saúde integral destes grupos. Os projetos utilizam estratégias de levantamento, respondent driven sample (RDS), ou coleta de dados em pesquisa de base comunitária em um diálogo entre psicologia social, saúde coletiva, medicina social e epidemiologia. Os modelos teóricos empregados são o estresse de minoria, o modelo da vulnerabilidade e direitos humanos no campo do HIV/AIDS e a teoria da objetificação do self.