MESTRADO
RELAÇÕES ENTRE ATITUDES, PERCEPÇÃO E INTENÇÃO DE CORRUPÇÃO
Autor: Felipe Vilanova de Gois Andrade
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa e Prof. Dr. Taciano Lemos Milfont
Tema: O objetivo deste projeto é investigar se os fatores que são comumente relacionados à percepção e intenção corrupta na literatura estão relacionadas da mesma forma no contexto brasileiro.
Autora: Letícia de Oliveira Rosa
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre vivências de preconceito em mulheres que fazem sexo com mulheres considerando as interseccionalidades de raça, identidade de orientação sexual e passabilidade.
Autora: Tatiana Otto Stock
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre garantia de direitos e barreiras de acesso a mulheres vítimas de violência
Autor: Danglar Machado Duarte Goulart
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre Antropologia da Família
DOUTORADO
PSICOLOGIA E POSICIONAMENTO POLÍTICO IDEOLÓGICO: FUNDAMENTOS MORAIS, VALORES PESSOAIS, IDENTIDADE SOCIAL, ORIENTAÇÃO À DOMINÂNCIA SOCIAL E AUTORITARISMO DE DIREITA
Autora: Juliana Ledur Stucky
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Trata-se de um projeto de pesquisa sobre psicologia política, sustentado em referenciais teóricos como a Teoria dos Fundamentos Morais, a Teoria dos Valores Pessoais e as Narrativas de Vida, distribuídos em três estudos. O primeiro estudo, uma revisão sistemática, analisou como o tema da psicologia política vem sendo estudado no Brasil, a partir da análise de sete bases de dados (quatro nacionais e três estrangeiras). O segundo estudo será realizado a partir da metodologia quantitativa, com análise de variáveis extraídas do (i) questionário sociodemográfico, (ii) questionário sobre fundamentos morais, (iii) questionário de perfil de valores, (iv) índice de religiosidade da Universidade Duke, (v) escala de mensuração da necessidade de identificação social, (vi) escala de autoritarismo de direita, e (vii) escala de orientação à dominância social, a fim de descrever e compreender como sujeitos residentes do Estado do Rio Grande do Sul posicionam-se politicamente e quais fatores estão associados nas auto declarações de posicionamento político e ideológico. O terceiro e último estudo será construído na metodologia qualitativa, com base em entrevistas sobre narrativas de vida que justifiquem as ideologias políticas dos participantes, cuja análise será feita por meio do Dicionário dos Fundamentos Morais.
A EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE E GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Autora: Thais Blankenheim
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa e Prof. Dr. Adolfo Pizzinato
Tema: Esse projeto de pesquisa refere-se a um estudo que tem por intuito explorar e entender como se apresenta o preconceito contra diversidade sexual e de gênero em professoras/es de educação infantil. Além disso, pretende-se construir e aplicar uma intervenção psicoeducativa visando a modificação do preconceito nessa população específica. O projeto, composto por dois estudos de diferentes delineamentos e que se integram entre si, propõe a articulação entre a visibilidade e a discussão das temáticas de sexualidade e gênero num contexto onde o tema é pouco abordado – a Educação Infantil – por motivos de atuais resistências em relação a abordagem do assunto no ambiente escolar brasileiro e, ainda, no contexto de primeira infância.
APLICABILIDADE DO MODELO DE CONTEÚDO DOS ESTEREÓTIPOS NO CONTEXTO BRASILEIRO
Autora: Marina Valentim Brasil
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa voltada aos fenômenos de produção e conteúdo de estereótipos sociais no contexto brasileiro.
SEXISMO AMBIVALENTE E INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ NO BRASIL
Autora: Ana Maria Bercht
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre Sexismo Ambivalente e Aborto no Brasil.
TRAJETÓRIA POLÍTICA DE MULHERES: UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DE MULHERES NO BRASIL
Autora: Caroline Gonçalves Nascimento
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre a trajetória política de mulheres no Brasil.
Autor: Lucas Henriques Viscardi
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Pesquisa sobre a efetividade do VCT para grupos de risco para HIV.
PÓS-DOUTORADO
Autora: Cristiana Pereira de Carvalho
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema:
DESENVOLVIMENTO DE INTERVENÇÃO AUTOGUIADA PARA REDUÇÃO DE DESFECHOS NEGATIVOS DE SAÚDE MENTAL EM MINORIAS DE SEXO E DE GÊNERO NA SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO SUL: TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS, EVIDÊNCIAS DE EFICÁCIA E EFETIVIDADE.
Autora: Anna Martha Vaitses Fonatanari
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Adoecimento mental representa importante carga social e econômica à sociedade brasileira. Além da prevalência elevada quando comparado às taxas mundiais, atualmente vislumbra-se aumento importante da prevalência de doenças mentais, como depressão, no Brasil. Minorias de sexo e de gênero (MSG) brasileiras, assim como outras populações marginalizadas, exibem maiores índices de adoecimento mental com taxas elevadas de depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Diversos estudos apontam correlação entre os desfechos negativos de saúde (como depressão, ansiedade, abuso de substâncias) e experiências de violência. Uma das teorias que investiga essa relação é denominada Teoria do Estresse de Minoria (TEM). A TEM busca elucidar a discrepância entre a saúde mental de MSG e de populações cisgêneras e heterossexuais. De acordo com a TEM, condições sociais desfavoráveis (experiências de discriminação, antecipação de discriminação e homofobia internalizada), mediadas por estratégias de resiliência, podem levar ao adoecimento. Dentre o contexto social adverso, destacam-se barreiras de acesso à saúde enfrentadas por MSG: MSG relatam experiências de discriminação e evitação de serviços de saúde a fim de escapar de novos episódios, paralelamente profissionais de saúde revelam sentir-se despreparados para lidar com questões idiossincráticas da saúde de MSG. Assim, dois desafios concretos se põem: 1) intervenções específicas para abarcar a complexidade que envolve a saúde mental das MSG; e 2) treinamento dos profissionais de saúde pública sobre as questões específicas das MSG. Com relação às intervenções voltadas à melhoria da saúde mental de MSG, intervenções online, assincrônicas e não supervisionadas ganham espaço à medida que permitem, em meio à pandemia COVID-19, obtenção de resultados em larga escala e em baixo custo. Pesquisador colaborador do projeto, da Universidade de Yale, realizou estudo para identificar intervenções online, passíveis de serem escalonáveis no contexto da saúde pública, direcionadas à saúde mental de MSG. Duas intervenções breves mostraram-se eficazes na redução de sintomatologia depressiva, de sofrimento psicológico geral, de ideação suicida e de abuso de drogas: escrita expressiva (EE) e auto-afirmação (AA). Na EE, os participantes devem escrever acerca de experiência traumática e na AA devem descrever a importância de valores, como família e amizades, por meio da escrita. O presente projeto possui três objetivos principais: (1) Por meio de ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, testar a eficácia em melhorar saúde de duas intervenções breves, online, assincrônicas, sem supervisão e adaptadas ao contexto brasileiro, em minorias de sexo e gênero. (2) Avaliar eficácia de treinamento, acerca das necessidades e melhor acolhimento em saúde mental de minorias de sexo e gênero, direcionado a profissionais de saúde da atenção básica do SUS através de estudo de caso-controle. (3) Por meio de estudo qualitativo, no contexto da atenção básica, estudar a efetividade da combinação do treinamento dos profissionais de saúde com o oferecimento de intervenção breve na melhora da saúde mental de usuários do SUS auto-identificados como minorias de sexo e gênero. O projeto subdivide-se em três estudos. No primeiro, busca-se avaliar a eficácia das intervenções (escrita expressiva e auto-afirmação) na saúde mental de MSG por meio de ensaio clínico randomizado (ECR) cross-over e duplo-cego. No segundo, explorar-se-á a eficácia de curso de extensão composto por módulos teóricos e estágio prático nas atitudes de profissionais de saúde do SUS ao atender MSG através de estudo de caso-controle. Por fim, planeja-se realizar avaliação de efetividade através de entrevistas semi-estruturadas direcionadas aos profissionais de saúde da atenção básica do SUS.
CUIDADOS RELACIONADOS AO HIV PARA HOMENS GAYS E OUTROS HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Autora: Anna Martha Vaitses Fonatanari
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: A presente revisão sistemática seguirá as recomendações do PRISMA (Moher et al., 2009) e AMSTAR 2 (Shea et al, 2017) e será registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Os artigos incluídos deverão apresentar dados de pesquisas sobre homens gays, homens que fazem sexo com homens e cuidados relacionados ao HIV. Como proposta dessa revisão, considerou-se que os cuidados relacionados ao HIV abrangem todas as intervenções com o objetivo de prevenir, tratar ou aliviar a carga de HIV em homens gays e HSH. Isso inclui estudos focados em HIV-negativo ? como profilaxia pré-exposição e profilaxia pós-exposição ? testagem de HIV, assim como artigos relativos ao acesso contínuo de cuidados para HIV, acesso aos profissionais de saúde e adesão ao tratamento. Apenas artigos de pesquisas quantitativas em Inglês, Francês, Português ou Espanhol serão incluídos. Portanto os critérios de inclusão serão os seguintes: (a) ter homens gays e homens que fazem sexo com homens (HSH) como participantes; (b) Analisar, no mínimo, uma forma de cuidado relacionado ao HIV ? sendo estas PEP, PrEP, TasP, testagem em HIV, barreiras ou facilitadores à assistência de cuidados de saúde e adesão à TARV; (c) ser um artigo de pesquisa quantitativa; (d) ter sido escrito em Inglês, Francês, Espanhol ou Português; e (f) Ser um artigo revisado por pares. Em contrapartida os critérios de exclusão serão os seguintes: (a) incluir métodos incompletos ou ambíguos; (b) não ser um artigo completo, ou seja, um pôster ou resumo; (c) não está disponível para download; (d) não apresentar análise de resultados diretamente relacionados a homens gays e HSH, como por exemplo, análises de programas governamentais.; e (e) não apresenta nenhum resultado exclusivamente relativo a homens gays ou HSH. Vale ressaltar que artigos relacionados ao uso de preservativo e microbicida retal não serão incluídos na pesquisa. Se selecionados, serão excluídos durante o processo de triagem. Embora estas sejam estratégias de prevenção e, portanto, possam ser consideradas cuidados relativos a HIV/AIDS, foram incluídas exclusivamente estratégias que dependem do acesso a cuidado à saúde. Todos artigos serão coletados no período de 1 mês por 3 pesquisadores treinados em revisão sistemática. Todos artigos das seguintes bases de dados serão incluídas na presente revisão sistemática: PubMed, Scopus, Global Health, Sociological Abstracts, PsycINFO, Web of Science, EBSCO, and POPLine.
ÍNDICE DE ESTIGMA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV NO BRASIL
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: A presente proposta tem como objetivo desenvolver o Índice de Estigma de Pessoas Vivendo com HIV (Stigma Index) para o Brasil e reunir dados para serem usados como evidência e orientação na resposta ao HIV. O Stigma Index consiste em uma ferramenta para detectar e medir e a mudança de tendências em relação ao estigma e à discriminação relacionada ao HIV, a partir da perspectiva das pessoas vivendo com HIV. No Brasil, o estudo pretende documentar as experiências de pessoas vivendo com HIV em 6 localidades-chave: Manaus, Salvador, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. As cidades identificadas representam não apenas uma diversidade geográfica do país, mas uma diversidade populacional e também epidemiológica, representando os ?hotspots? – áreas e localidades de maior incidência de casos de AIDS ou de alta mortalidade no país. O levantamento de dados sobre estigma e discriminação em torno do HIV no Brasil é escasso e desigual em termos de amostragem e abordagens. As pesquisas e índice já existentes focam na perspectiva de pessoas que não vivem ou convivem com HIV. Nesse sentido, o Stigma Index será o primeiro levantamento com a abordagem de ser produzido integralmente por pessoas vivendo com HIV e sobre a sua própria vivência de situações de estigma e discriminação, tendo como objetivo uma nova perspectiva em relação ao estigma e discriminação. O objetivo principal dessa pesquisa é descrever o grau e das formas que assume o estigma e a discriminação enfrentados por pessoas vivendo com HIV em diferentes cidades do Brasil. Objetiva ainda comparar a situação de pessoas vivendo com HIV com a realidade de outras localidades e países e possibilitar demandas de mudanças de políticas e programas com um alcance mais amplo. A intenção das organizações participantes é de tornar o Índice amplamente disponível, de modo a que possa ser utilizado como um instrumento local, nacional e global de luta pela melhoria dos direitos das pessoas vivendo com HIV. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal que visa a aplicação do survey Stigma Index em PVHA por PVHA em seis cidades brasileiras. Além disso, serão propostos seis estudos de caso com PVHA na forma de entrevista. O principal instrumento que compõe essa pesquisa é o Índice do Estigma de Pessoas Vivendo com HIV. O questionário será administrado na versão papel e caneta por uma pessoa vivendo com HIV e AIDS (PVHA) indicada pelas Redes de PVHA dos seis municípios alvo. Durante a aplicação, serão identificadas possíveis participantes para realização de estudos de caso na forma de entrevista. Os estudos de caso serão conduzidos a partir da pergunta disparadora: relate sua experiência de estigma relacionadas a sua sorologia positiva para o HIV. A entrevista será gravada e posteriormente transcrita. Posteriormente será realizado um estudo piloto com a população-alvo a fim de validar a adaptação do instrumento Stigma Index. Em seguida, serão recrutados entrevistadores nas seis cidades alvo (3 em Manaus e Brasília, 4 em Porto Alegre e Recife e 5 em São Paulo e Rio de Janeiro). A amostra dessa pesquisa será composta de maneira não-probabilística do tipo bola-de-neve (snowball) a partir de contatos dos entrevistadores recrutados nas Redes de PVHA das seis cidades-foco (Porto Alegre, Manaus, Recife, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro). A amostra desse estudo será composta de pessoas vivendo com HIV de diferentes idades, sexualidade e situação econômica, social e educacional. O tamanho da amostra foi estimado em 2100 pessoas sendo (300 em Porto Alegre, 200 em Manaus, 200 em Brasília, 300 em Recife, 550 em São Paulo e 550 no Rio de Janeiro). No entanto, ele será majoritariamente determinado pelo número de PVHA que os/as entrevistadores poderão localizar a partir dos grupos de pares, grupos de apoio, locais de testagem, hospitais e organizações que prestam serviços de HIV/AIDS. Al.
RELAÇÕES ENTRE ATITUDES, PERCEPÇÃO E INTENÇÃO DE CORRUPÇÃO
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Como a relação entre a intenção corrupta e os fatores associados variam culturalmente e há poucos estudos em países com corrupção endêmica, o objetivo do presente projeto é avaliar através de cinco estudos como essas associações ocorrem no Brasil. No primeiro estudo a Escala de Orientação à Dominância Social e a Escala de Crenças Justificadoras do Sistema serão traduzidas e adaptadas para o Brasil conforme recomendado pela literatura. No segundo estudo será avaliada a relação entre relato de intenção e percepção corrupta por instrumentos de autorrelato, autoritarismo de direita, orientação à dominância social, crenças justificadoras do sistema e responsabilidade percebida. No terceiro estudo será feita uma comparação de relato de intenção corrupta entre medidas de autorrelato e vinhetas experimentais envolvendo situações de corrupção e quebras de normas sociais. No quarto estudo será feita avaliação da relação entre intenção corrupta por vinhetas experimentais, percepção corrupta e trajetória da corrupção em funcionários públicos. No quinto estudo será avaliado como a autocategorização política influencia a percepção de factibilidade de um cenário de corrupção perpetrado por políticos de diferentes identidades políticas.
O PRECONCEITO CONTRA DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO COM PROFESSORAS/ES
Autor: Adolfo Pizzinato
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Evidencia-se, em narrativas de professoras e em análises de diretrizes que regulamentam práticas educacionais, que os discursos pessoais e profissionais podem ser bastante divergentes. O discurso profissional apresenta-se, por vezes, carregado por preconceitos e estigmas. No entanto, o discurso profissional dá voz a um posicionamento institucional, politicamente correto, do mesmo formato em que aparece nas diretrizes educacionais. Pode-se pensar nisso como algo positivo, no entanto, deve-se levar em conta que as/os educadoras/es não abandonam a sua subjetividade quando estão na sala de aula junto aos pequenos, e, mais, emprestam as suas concepções, opiniões, crenças, na educação e no cuidado com as crianças. Por isso, reitera-se a importância do trabalho de reflexão sobre as diversidades nas concepções dos/as professores/as Parte-se da proposta de articular duas principais questões: a possibilidade de trabalho das temáticas de diversidade sexual e de gênero com professores/as de Educação Infantil e a implicação das crenças e atitudes acerca do preconceito nas suas práticas educacionais. Para isso, servirão como base os fundamentos teóricos e empíricos apresentados a seguir. Esse projeto de pesquisa refere-se a um estudo que tem por intuito explorar e entender como se apresenta o preconceito contra diversidade sexual e de gênero em professoras/es de educação infantil. Além disso, pretende-se construir e aplicar uma intervenção psicoeducativa visando a modificação do preconceito nessa população específica. O projeto, composto por dois estudos de diferentes delineamentos e que se integram entre si, propõe a articulação entre a visibilidade e a discussão das temáticas de sexualidade e gênero num contexto onde o tema é pouco abordado ? a Educação Infantil ? por motivos de atuais resistências em relação a abordagem do assunto no ambiente escolar brasileiro e, ainda, no contexto de primeira infância.
ATRIBUIÇÃO DE CONTROLE, RESPONSABILIDADE E CULPA PELA INFECÇÃO POR HIV: REAÇÕES EMOCIONAIS, INTENÇÃO DE AJUDAR E EFEITO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO.
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Entre os processos envolvidos na formação, manutenção e expressão comportamental do preconceito, estão as atribuições. Atribuições são julgamentos realizados sobre si mesmo/a e/ou sobre os/as outros/as pelos quais buscam-se explicações para as causas de acontecimentos cotidianos. A teoria das atribuições tem sido utilizada nas pesquisas que buscam compreender as respostas emocionais e comportamentais em relação às pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA). Apesar da extensa literatura internacional utilizando esse modelo teórico em relação à PVHA, poucos estudos foram realizados no Brasil. Dentre as capitais brasileiras, Porto Alegre é a com a maior taxa de detecção de AIDS, mais que o dobro da taxa do seu estado e quase cinco vezes maior do que a taxa do Brasil. Cenário parecido ocorre nas cidades que compõe a região metropolitana. Considerando a necessidade de maiores estudos para a compreensão dos determinantes psicossociais da epidemia de HIV/Aids em populações vulneráveis no contexto da cidade de Porto Alegre e região metropolitana, esse projeto, por meio de dois estudos, tem por objetivo : 1) compreender de que forma os profissionais e estudantes de saúde manifestam o preconceito em relação a homens que fazem sexo com homens (HSHs) e mulheres trans vivendo com HIV/Aids a partir do modelo das atribuições e 2) entender de que forma a discriminação no contexto da saúde impacta no padrão de acesso aos cuidados relativos ao HIV/Aids em usuários/as HSHs e mulheres trans. O estudo 1, por meio do uso de vinhetas, visa a identificar mudanças na atribuição de controle, responsabilidade e culpa, reações emocionais (raiva/simpatia) e intenção de ajudar usuários heterossexuais, homossexuais e mulheres trans infectados por HIV em cenários de baixa (transfusão de sangue) e alta (sexo sem o uso de preservativo) controlabilidade para a contaminação. O estudo 2, visa a conhecer o padrão de uso e necessidades de usuários/as HSHs e mulheres trans de Porto Alegre em relação aos serviços à infecção por HIV, identificando, especialmente, barreiras no acesso ocasionadas por experiências de preconceito contra diversidade sexual e de gênero.
PERCEPÇÃO DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4A REGIÃO
Autor: Henrique Caetano Nardi
Orientador: Prof. Dr. Angelo Brandelli Costa
Tema: Trata-se de pesquisa quantitativa sobre percepção de violência de gênero (assédio moral e assédio sexual) entre os servidores e os prestadores de serviços do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Região. O objetivo principal do estudo é conhecer a percepção de violência doméstica e no trabalho das/os funcionárias/os do TRT, sua percepção sobre atitudes que levam ao assédio sexual e moral e seu julgamento sobre essas situações. Além disso, apresenta como objetivos Secundários: Identificar mudanças na atribuição de responsabilidade e na percepção de assédio sexual e moral em situações onde o gênero e a indumentária da vítima variam; Identificar o papel do sexismo hostil e benévolo no processo de atribuição e de responsabilidade e na percepção da violência e assédio sexual.